Capa/Sundermann

Por Matheus Rodrigues e Ronilson Sousa

O Programa de Transição de Leon Trotsky, mesmo que escrito em 1938, ainda é um livro indispensável para pensarmos objetivamente a construção de um programa em determinadas situações da conjuntura política tanto nacional quanto mundial capaz de organizar e agitar a classe trabalhadora na luta pela superação dessa sociedade de classes. O Programa de Transição aparece como uma inovação em relação à tradição da II e da III Internacional, sobretudo porque apresenta um sistema de reivindicações transitórias, que fazem a ponte entre o programa mínimo e o máximo, pra fazer avançar a consciência da classe trabalhadora. De forma sintética, avaliando a influência mundial do avanço político do autoritarismo, Leon Trotsky compreendeu corretamente a situação e via como alternativa de defesa para os oprimidos a auto-organização operária em torno de um programa revolucionário, tendo em vista a barbárie patrocinada por Hitler, Mussolini e a política reacionária da burocracia stalinista. Hoje, em torno das circunstâncias de um governo protofascista, a leitura e as dicas de Trotsky continuam atuais.